quarta-feira, 27 de março de 2013

Esse cara é Delson Cruz!



Colaboração Silvânia Santos - Assistente Administrativo/ Assessoria de Comunicação da AMAC




De menino levado, estudante hiperativo e adolescente aplicado aos esportes, à estudante de psicologia conceituado na cidade: Delson Fernando Cruz é mais um homem que a gente tem orgulho de chamar de  "AMACano" (seres iluminados que trabalham na AMAC).

Ele tem uma história linda pra contar. Com um coração cheio de vida e perspectiva, Delson hoje é educador social da Casa Lumiar. Passou sua infância e adolescência na Aldeia SOS, com orgulho e alegria, exercendo em plenitude e atitude o seu direito de brincar e ser feliz.

Nada na vida desse menino foi fácil, mas ele abraçou todas as alegrias e oportunidades conquistando espaços, amizades, irmãos e uma vitalidade para estudar, praticar esportes e se qualificar para enfrentar o mundo de cabeça erguida e olhos atentos. Sem nunca esquecer o passado e ainda assim vislumbrando um futuro baseado no que ele chama somente de caráter.

Quando chega para a nossa conversa, vejo a timidez que revela uma simplicidade e também uma certeza de que é merecedor de tudo que conquistou;  e olha que não foi pouca coisa não! Aos 29 anos é professor de karatê, carpinteiro, marceneiro, eletricista,  técnico em informática (ênfase em corel e desnig gráfico),  especialista em telhado colonial e segurança particular. Além disso, é educador social e esta cursando o terceiro período de psicologia na faculdade Universo. Ufa! Um currículo de dar inveja!

O “aldeano”, com ele mesmo diz, agradece a sua vivência por toda formação emocional, intelectual e física aos anos de felicidade e peraltices que passou na Aldeia SOS. Não esqueçendo também o Promad (AMAC) que, com os cursos oferecidos e a oportunidade de inserção no mercado de trabalho, colaborou definitivamente para seu desenvolvimento profissional.

O carinho com que esse homem fala da Aldeia SOS faz refletir muito sobre pré conceitos e posturas de quem desconhece o trabalho social desenvolvido em todas as casas de acolhimento. “Tenho minha casa hoje porque na Aldeia nós recebíamos pelos trabalhos executados como forma de mesada e eu guardava pensando no meu futuro. Quando saí de lá, aos 18 anos, dei entrada em minha casa e fui a luta. E agora estou aqui”, ressalta Delson.  “E não foi só isso que a mães sociais me proporcionaram. Lá eu tive a sorte de conhecer meus dois irmãos de coração, Isaías Villarino e Antônio Marques, que me dão vontade de vencer na vida e superar tudo o que vier”.

Estudando Psicologia e com o objetivo de ser um profissional de verdade, com vivências e orgulho de sua história, Delson agradece a oportunidade de ter vivido tudo o que o destino lhe ofereceu. “Tudo, absolutamente cada passo da minha toda valeu a pena”, diz o homem que faz questão de lembrar que um grande pai que a vida lhe deu é o também "AMACano" funcionário da Assessoria Jurídica e professor, Dornellas. "Foi ele quem me direcionou nos momentos difíceis e de tensão noa treinamento. Com ele, me sinto meio Daniel Sam (do filme Karatê Kid )”, fala Delson sorrindo.

A conversa se finda, mas a história continua. A instituição possui muitos seres assim: livres e cheios de vontade de fazer a diferença na vida das pessoas. Uma vontade clara de ser positivo, vivo e cheio de esperanças...